Cavalgada abaíba 2002


A Cavalgada que tem início na fazenda Abaíba revive o trajeto de 21 kms que o Coronel Erico realizava à cavalo de 3 a 4 vezes por semana sempre que se dirigia a Leopoldina para resolver seus negócios.
Os cerca de 100 minutos da ida à Leopoldina mais os da volta permitiam ao Sr. Erico ter um conhecimento de sua montaria muito além do visível. Nessas cavalgadas identificava qualidades e aspectos dos animais que muitas vezes passavam despercebidos aos olhos de qualquer pessoa.
Como conseqüência procurava manter em seu criatório aqueles animais que mais qualidades desejáveis possuíam valorizando sempre o rendimento, a comodidade e o equilíbrio do andamento. Esses fatores além de tudo influenciavam diretamente no tempo e na qualidade de suas viagens de ida e volta a Leopoldina.

A Cavalgada estava marcada para as 16 horas, com concentração a partir das 15 horas do dia 12 de outubro de 2002, 4 dias após a comemoração do aniversário de nascimento do Sr. Erico Ribeiro Junqueira. Mas desde 10 horas da manhã do sábado, já era possível encontrar na estrada que liga Leopoldina à Abaíba alguns dos cavaleiros em seus cavalos preparando-se para se dirigir à Fazenda Abaíba.


Alguns dos cavaleiros posam para foto notando a presença de Zé Birão, antigo selecionador do criatório SAMA ao lado do busto do seu irmão Erico Ribeiro Junqueira na frente da sede da Fazenda Abaíba.

Chegando na fazenda os cavalos sobem, aguardam e são preparados no curral de pedras que fica atrás da casa. Sob a jabuticabeira ladeando a casa já pintada, em fase final de reforma onde foi trocado todo o telhado, foi colocada uma mesa com salgados e doces e muita água e refrigerante para refrescar os cavaleiros. O busto do Coronel Erico em frente à imponente casa talvez materialize uma presença mágica percebida no ar pelos presentes.

Os Últimos Cavaleiros a saírem da fazenda Abaíba.

 

Após uma sessão de fotos, inicía-se a cavalgada. Em oração inicial um cavaleiro mira a cruz da torre da igreja da Vila Abaíba construída de frente para fazenda. Em minutos chegam à Vila Abaíba marcada pela estação com o nome batizado pela fazenda. Uma pequena parada e agora rumo à Leopoldina.

Vila Abaíba notando-se a estação de trem com o nome da Fazenda.

 

Na paisagem cercada de montanhas, a cada curva uma nova descoberta, até que então avistam a histórica fazenda Niagara, Haras Santo Antônio. 

Fazenda Niagara, Haras Santo Antônio.

Continuam, passando então por São Lourenço, onde é hora de uma pausa para refresco, para logo depois, finalmente chegar em Leopoldina, protegida à esquerda pela enorme rocha conhecida como morro do Cruzeiro. Após a concentração no Clube do Moinho, tudo preparado para o desfile na cidade.

Vista da cidade de Leopoldina do morro do Cruzeiro.

Já é noite quando se escuta de longe um barulho como de um exército que se aproxima. Os cascos dos mais de cem cavalos dois a dois lado a lado, desencontradamente batendo nas ruas calçadas de paralelepípedos de Leopoldina, fazem tremer a cidade e geram uma sensação auditiva única. À frente as bandeiras abrem o desfile que vai agora atravessar o centro da cidade, desta que soube manter afastado um dos piores males da cidade grande, o sinal luminoso de trânsito. Todos, dos quais muitos já aguardavam ansiosos a chegada da cavalgada, olham admirados a cena. E as crianças gritam, sussurram e pensam boquiabertas, que cavalos lindos. E a paixão da cidade fica estampada no rosto de cada habitante, é uma emoção única. Do centro os cavalos se dirigem ao parque de exposições, pela entrada lateral logo têm acesso à pista central, quando, encabeçados pelos porta-bandeiras adentram à esta e em um grande círculo contornam a pista até o fecharem no encontro dos cavalos que ainda entram. Continuam com o círculo desta vez um pouco mais fechado, vêem-se quatro cavalos pareados. E a bandeira avança formando um espiral que vai se fechando até que todos tenham entrado na pista. E eles continuam girando se misturando cada vez mais, mais parecendo um ciclone de cavalos. Quando de repente, conduzidos pelos porta-bandeiras todos se voltam em direção à frente da pista parando seus cavalos frente à platéia. É um espetáculo.

Parabéns cavaleiros, até o próximo ano na Abaíba.

Vista da Sede da Abaíba em final de reforma, de telhado novo.

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

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